quinta-feira, 4 de julho de 2013

Chama a polícia pra eles!! - A história de Jamile Pessoa

Jamile tem diabetes tipo I desde criança e faz acompanhamento no Ambulatório Multidisciplinar de Diabetes do HC-UFMG. Seu tratamento é feito através da "bomba de insulina", um dispositivo que fica conectado ao corpo o tempo inteiro através de um tipo de sensor, e através dele é possível medir as glicemias e injetar insulina conforme programado. Essas glicemias medidas pela bomba são
usadas por um programa específico no computador para montar o "mapa glicêmico", e, para isso, o paciente deve "baixar" tais dados para o computador de tempos em tempos. Assim, cada vez que ela “baixa” os dados da bomba para o computador, ela nos envia um email avisando.
Jamile estava tendo problemas com o fornecimento desse sensor da bomba pelo posto de saúde... E, sem ele, não era possível utilizar as funcionalidades da bomba! Mas ela não deixou isso barato e tratou de tomar uma postura ativa e EXIGIR os seus direitos!
Confiram abaixo a história que a Jamile nos contou quando baixou os dados da bomba em 23 de fevereiro, e nos mandou um email avisando.

“Baixei meus dados da bomba só hoje. A última vez que consegui baixar os dados foi em 22/12/2012, porque o posto estava sempre sem sensor... O mais interessante é que em outubro o sensor estava em falta, em novembro e também em dezembro! Até que em janeiro, na semana que eu iria buscar o material, resolvi ligar antes! Liguei na terça, na quarta e quinta-feira, pois seria na sexta dia 18/01/2012 que o material iria chegar. Até na quinta eles não tinham chegado!
Mediante a este fato, nas 3 vezes que liguei avisei que iria chamar a polícia para fazer um boletim de ocorrência. Quando cheguei na sexta feira, recebi a notícia que o sensor ainda não tinha chegado. Avisei que ia chamar a polícia, virei as costas realmente disposta a fazer isso. Disquei o número e contei a minha história, dizendo que tinha diabetes e precisava receber os materiais do posto pra minha sobrevivência, mas que eles nunca me atendiam. Já estava fazendo a solicitação da viatura, quando por uma mágica a atendente do almoxarifado, que devia ter acompanhado tudo a distância, voltou do depósito de materiais alegando que não era mais necessário fazer o BO. Ela retornou trazendo com ela os sensores, os mesmos que estavam em falta há alguns minutos atrás! Talvez por eu ser loira e acreditar em tudo eles acharam que eu era burra! Graças a Deus tudo foi resolvido, mas isso é uma vergonha! Agora, na sexta feira do mês passado o sensor havia chegado, e o mesmo aconteceu neste mês. Pelo menos agora sei como ter TODO o material que preciso quando for buscar!”

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